Nutrologia para gestantes ajuda na formação da criança antes mesmo da concepção do feto. Mulheres que pretendem engravidar devem aumentar os níveis de ácido fólico seja por alimentação ou suplementação. O nutriente é fundamental para evitar a má formação do tubo neural, estrutura que dará origem ao cérebro e medula espinhal.
A alimentação contribui para minimizar problemas comuns da gravidez, como: anemia, náuseas, vômitos, azia e constipação intestinal. O ômega-3, uma gordura boa presente em peixes de água profunda e que não integra a dieta normal dos brasileiros ajuda a evitar hipertensão da mãe, diabetes gestacional e até mesmo depressão pós-parto.
O cardápio da gestante influenciará não apenas a formação do feto e o desenvolvimento do bebê, como poderá determinar toda a vida do indivíduo. O ômega-3 é um ácido graxo poli-insaturado essencial, ou seja, fundamental para diversas atividades do organismo mas que não é produzido naturalmente pelo corpo, devendo ser obtido através da alimentação. No desenvolvimento do feto o ômega-3 contribui para formação do cérebro e dos olhos, facilitando o desenvolvimento cognitivo após o nascimento. O nutriente pode até mesmo prolongar gestações de alto risco, durante o aleitamento contribuirá para aumentar o peso do recém nascido, no crescimento da criança lhe proporcionará o desenvolvimento da coordenação motora, atenção e processamento cerebral de informações, e ainda influirá na fase adulta prevenindo o declínio cognitivo no envelhecimento.
A principal preocupação das mulheres é quanto ao aumento de peso. No primeiro trimestre da gravidez não deve haver aumento da ingestão calórica, no entanto, por ser o período mais importante para formação do bebê, é preciso estar atento a eventuais carências de macro e micronutrientes. No segundo trimestre é recomendado um aumento de cerca de 200 kcal e no terceiro, 300 kcal. De forma geral, o normal é ganhar de 11,5 a 16kg durante a gestação. Lembrando que o velho ditado de que grávida tem que comer por dois, na verdade, pode levar a antecipação do parto e todos os riscos de um bebê prematuro.
Outras recomendações gerais para o melhor desenvolvimento do bebê incluem o consumo de no mínimo três xícaras de leite por dia, um reforço de proteínas e algumas vitaminas como Ferro, vitamina A, Zinco e o Cálcio. Caso seja indicado pelo nutrólogo a reposição destes nutrientes pode ser feita através de suplementação.
Mudanças simples na alimentação para diminuir alguns desconfortos durante a gravidez ainda podem incluir o fracionamento das refeições com ingestão de pequenas porções muito bem mastigadas para evitar náuseas e vômitos; evitar alimentos picantes, frutas ácidas e não ingerir líquidos durante as refeições para controlar a azia; e aumentar o consumo de fibras e ingestão de água para melhorar o fluxo intestinal. O inchaço de mãos e pés é considerado normal, não sendo necessário alterações na dieta.